Lenda do Lobisomem:
Lobisomem ou licantropo (do grego λυκάνθρωπος: λύκος, lykos, "lobo" e άνθρωπος, anthrōpos, "homem"), é um ser lendário, com origem em tradições europeias, segundo as quais, um homem pode se transformar em lobo ou em algo semelhante a um lobo em noites de lua cheia, só voltando à forma humana ao amanhecer. Tais lendas são muito antigas e encontram a sua raiz na mitologia grega. Segundo As Metamorfoses de Ovídio, Licaão, o rei da Arcádia, serviu a carne de Árcade, a Zeus e este como castigo, transformou-o em lobo (Met. I. 237).Uma das personagens mais famosas foi o pugilista arcádio Damarco Parrásio, herói olímpico que assumiu a forma de lobo nove anos após um sacrifício a Zeus Liceu, lenda atestada pelo geógrafo Pausânias. Segundo lendas mais modernas, para matar um lobisomem é preciso acertá-lo com artefatos feitos de prata.
Lenda do Drácula:
Drácula (em inglês: Dracula) é um romance de 1897 escrito pelo autor irlandês Bram Stoker, tendo como protagonista o vampiro Conde Drácula. Sem dúvida trata-se do mais famoso conto de vampiros da literatura.
Drácula tem sido designado como vários gêneros literários, incluindo literatura de vampiros, ficção de horror e romance gótico. Estruturalmente, é um romance epistolar, ou seja, contada como uma série de cartas, entradas de diário, registros de bordo etc. Embora Stoker não tenha inventado o vampiro, a influência do romance na popularidade dos vampiros foi singularmente responsável por muitas peças de teatro, cinema, televisão e muitas interpretações ao longo dos séculos 20 e 21.
Este romance em forma epistolar, dando voz às várias personagens, abre com a chegada de um solicitador, de nome Jonathan Harker, a um castelo em uma remota zona da Transilvânia. Aí o jovem Harker trava conhecimento com o excêntrico proprietário do castelo, o conde Drácula, dado este ter em vista a aquisição de várias propriedades na Inglaterra.
Paulatinamente Harker começa a perceber que há mais do que excentricidade naquela figura, há algo de estranho no anfitrião, algo de realmente assustador e tenebroso. Aliás, passada a inicial hospitalidade, Harker começa a entender que, mais do que um hóspede, é também um prisioneiro do conde Drácula.
Seguidamente, Drácula decide viajar até à Inglaterra, deixando um rasto de morte e destruição por onde passa – sob a forma de um enorme morcego -, enquanto Harker é deixado à guarda de três figuras femininas, três terríveis seres que se alimentavam de sangue humano. Harker consegue fugir, apesar de bastante debilitado, e encontra-se com a sua noiva, Mina, em Budapeste.
Já na Inglaterra, Lucy, uma jovem inglesa, amiga de Mina, começa a apresentar estranhos sintomas: uma enorme palidez e dois enigmáticos orifícios no pescoço.Seus amigos, John Seward, Quincey Morris e Arthur Holmwood, incapazes de perceber a origem daquela doença, recorrem ao auxílio do Dr. Abraham Van Helsing, médico e cientista, famoso por seus métodos pouco ortodoxos, tendo compreendido que Lucy tivera sido vítima dos ataques de um ser diabólico: Drácula, uma espécie de morto-vivo que se alimentava de sangue humano.(vampiro) Contudo, receando a reação destes, Van Helsing decide não revelar imediatamente suas conclusões.
Numa noite, Lucy e sua mãe são atacadas por um morcego – a versão animal do conde Drácula – e ambas morrem, embora de causas diferentes: Lucy tendo sido fruto do ataque sanguinário do morcego/Drácula; a mãe de Lucy vítima de ataque cardíaco provocado pelo medo.
Lucy é enterrada, mas a sua existência não termina por aí: esta renasce como vampira e começa a perseguir crianças. Van Helsing, não tendo outra opção, confidencia as suas conclusões aos amigos desta. Estes, decididos a colocar um fim naquela forma de existência, pregando-lhe uma estaca no coração e cortam-lhe a cabeça, pois só assim ela poderia descansar em paz.
Pouco tempo depois, para surpresa dos mesmos, percebem que Drácula tinha agora uma nova vítima, Mina, já regressada de Budapeste junto com Harker, agora juntos na condição de marido e mulher. Porém, além de se alimentar de Mina, Drácula também lhe dá o seu sangue a beber, ritual que os faz ficarem ligados espiritualmente, como numa espécie de matrimónio das trevas.
Van Helsing compreende que, através da hipnose, é possível seguir os movimentos do vampiro, assim, decididos a destrui-lo e a salvar Mina, os homens o perseguem. Drácula foge para o seu castelo na Transilvânia, todavia, este é destruído pelos perseguidores antes de o conde concretizar tal objetivo, libertando a Mina do tal “encantamento”.
Lenda da Iara:
De acordo com a lenda, Iara era uma índia guerreira, a melhor de sua tribo e recebia muitos elogios do seu pai que era pajé. Os irmãos de Iara tinham muita inveja dela e resolveram matá-la à noite enquanto dormia. Iara que possuía ouvidos muito aguçados, os escutou e os matou. Entretanto, com medo da reação de seu pai, Iara fugiu. Seu pai, o pajé da tribo, realizou uma busca implacável e conseguiu encontrá-la, como forma de punição pelas mortes a jogou no encontro dos Rios Negro e Solimões, alguns peixes levaram a moça até a superfície e a transformaram em uma linda sereia.
Segundo a lenda, Iara costuma banhar-se nos rios e cantar uma melodia irresistível para o ouvido dos homens, desta forma os homens que a veem não conseguem resistir aos seus desejos e pulam dentro do rio. Ela tem o poder de cegar quem a admira e levar para o fundo do rio qualquer homem que ela desejar se casar. Os índios acreditam tanto no poder da Iara que evitam passar perto dos lagos ao entardecer .
Lenda do Curupira:
Curupira é uma figura do folclore brasileiro. Ele é uma entidade das matas, um anão de cabelos compridos e vermelhos, cuja característica principal são os pés virados para trás.
É um mito bem antigo no Brasil, já citado por José de Anchieta, em 1560.Ele protege a floresta e os animais, espantando os caçadores que não respeitam as leis da natureza, isso é, que não respeitam o período de procriação e amamentação dos animais e que também caçam além do necessário para a sua sobrevivência e lenhadores que fazem derrubada de árvores de forma predatória.
O Curupira solta assovios agudos para assustar e confundir caçadores e lenhadores, além de criar ilusões, até que os malfeitores se percam ou enlouqueçam, no meio da mata. Seus pés virados para trás servem para despistar os caçadores, que ao irem atrás das pegadas, vão na direção errada. Para que isso não aconteça, caçadores e lenhadores costumam suborná-lo com iguarias deixadas em lugares estratégicos. O Curupira, distraído com tais oferendas, esquece-se de suas artes e deixa de dar suas pistas falsas e chamados enganosos.
Sendo mito difundido no Brasil inteiro, suas características variam bastante. Em algumas versões das histórias, o Curupira possui pelos vermelhos e dentes verdes. Em outras versões, têm grandes orelhas ou é totalmente calvo. Pode ou não portar um machado e, em uma versão, chega ser feito do casco de jabuti.
Lenda do Saci:
Saci (ou mais especificamente Saci-pererê, Saci-saçurá ou Saci-trique) é uma personagem bastante conhecida do folclore brasileiro, que teve sua origem presumida entre os indígenas da região das Missões, no Sul do país, por onde se espalhou em sua quase totalidade.
A figura do Saci surge como um ser maléfico, como somente brincalhão ou como gracioso, conforme as versões comuns ao sul .[1]
Na Região Norte do Brasil, a mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também, da cultura africana, o pito, uma espécie de cachimbo, e da mitologia européia, herdou o píleo, um gorrinho vermelho usado pelo lendário trasgo.
Lenda do Boto:
A lenda do boto é uma lenda da Região Norte do Brasil, geralmente contada para justificar uma gravidez fora do casamento.
Os botos são mamíferos cetáceos que vivem nos rios amazônicos. Diz-se que, durante as festas juninas, o boto rosado aparece transformado em um rapaz elegantemente vestido de branco e sempre com um chapéu para cobrir a grande narina que não desaparece do topo de sua cabeça com a transformação.[1]
Esse rapaz seduz as moças desacompanhadas, levando-as para o fundo do rio e, em alguns casos engravidando-as. Por essa razão, quando um rapaz desconhecido aparece em uma festa usando chapéu, pede-se que ele o tire para garantir que não seja um boto. Daí deriva o costume de dizer, quando uma mulher tem um filho de pai desconhecido, que ele é "filho do boto". Essa lenda foi contada no cinema no filme Ele, o Boto (1987) com Carlos Alberto Riccelli no papel principal.